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Maputo, Niassa, Mozambique
Amor a Deus pai, que deu a natureza em seu pleno amor. Sou uma pessoa simples, mas para quem me conhece de verdade, exigente e amavel. Gosto de leitura e trabalhos de campo.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A TRIPLICE METAMORFOSE DA CONDUTA HUMANA



Deixe-me caro irmao transcrever o primeiro discurso de Zaratustra:

"Tres metamorfoses do espirito eu vos narro: como ele se tornou camelo, de camelo, leao e de leao, menino. Muitas coisas importantes ha nisto para o espirito, para o espirito paciente e valente, ao qual o respeito e inato; o seu vigor procura o que e pesado, antes, o que ha de mais pesado.
Ha mais alguma coisa pesada? pergunta a si mesmo o espirito paciente e, ajoelhando-se como camelo, pede uma carga pesada. Que ha demais pesado ai, o vos herois?, pergunta de novo: dizei-mo para que eu o coloque sobre os meus ombros e possa partir orgulhoso da minha forca. Nao e isso talves humilhar-se para mortiicar o proprio orgulho?
exibir a propria estulticia para gabar-se da propria sabedoria?
ou, antes, nao e isto abandonar a nossa causa quando ela chegou ao ponto de triunar? Subir a um alto monte para tentar o tentador?
ou e talves outra coisa: nurir-se das bolotas e da erva do conhecimento e, por amor a verdade, sofrer a fome da alma? Ou entao: estando doente, despedires aquele que veio consolar-te e fazeres amizade com os surdos, incapazes de ouvir o que dizes?
ou aina: mergulhar numa agua putrida, a agua da verdade, sem expulsar de si as ras viscosas e os e os sapos asquerosos?
Ou inalmente: amar aqueles que nos desprezam e estender a mao ao antasma quando ele vem amedrontar-nos?
Todas estas coisas pesadas o espirito valente as toma sobre si: como o camelo, que parte carregado para o deserto, tambem ele se dirige para o seu deserto.
Mas, la, na solidao, realiza-se a segunda metamorfose: o espirito se torna leao e procura, como sua presa, a liberdade, e no seu deserto quer ser senhor.
Ele procura ai o seu ultimo senhor: quer ser inimigo dele como de seu ultimo Deus: quer lutar com o feroz dragao e conquistar a vitoria sobre ele.
Qual e este dragao feroz que o espirito nao quer mais chamar seu senhor e seu Deus? Seu nome e: "Tu deves" Mas, contra ele, o espirito do leao atira as palavras: "Eu quero", "Tu deves" , cintilante de escamas douradas, que os seus movimentos azem resplandecer, barra-lhe o caminho e lhe diz: "Em mim reulgem todos os valores das coisas".
Todos os valores ja foram criados, e eu os representava a todos.
O "eu quero" nao deve mais existir.
O Irmaos meus, que necessidade ha do leao para o espirito? Nao basta o animal de carga que se resigna e se humilha?
Criar valores novos! Pode isto o leao? Nao, ele nao pode senao procurar orcas para novas criacoes.Conquistar a liberdade, a coragem de opor, mesmo ao dever, a negacao: eis, o irmaos, para que serve o espirito do leao. a quem esta habituado a sofrer, o arrogar-se o direito de criar novos valores parace um arbitrio: um acto feroz, digno somente de um animal predador. Como a mais sagrada das coisas tambem ele amou o "Tu deves": agora ele se sente obrigado a encontrar a alsidade e a mentira ate nas coisas mais sagradas a fim de poder adquirir a liberdade, mesmo que o preco do seu amor a elas. Somente o leao podefazer isto. Mas, dizei-me, irmaos meus, que outra coisa pode fazer, por sua vez, o menino? Por que deve ainda o leao transormar-se em menino?
Porque o menino e a inocencia, o esquecimento: um recomecar, um jogo, uma roda que gira por si mesma, um primeiro movimento, uma santa afirmacao.
Sim, o irmaos meus, para ojogo da criacao e necessario um santo "sim"; o espirito quer agora a sua vontade; anseia por reconquistar o seu mundo.
Tres transormacoes do espirito eu vos narrei: como o espirito se transormou em camelo, o camelo em leao, o leao em menino,
Assim falou Zaeatustra"

Camelo:
"O Homem mediocre sujeito a religiao e a moral.
Leao:
"O Homem forte, desmistiicador da religiao e da moral; ele deve ser - um super-homem".
Menino:
"O Homem inocente que se compraz na exuberancia da natureza e cria novos simbolos sacros".

Mussomar
(In. Battista Mondim, Curso de Filosofia, Vol.3, pag 77-78)

DIREITO POS LABORAL 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Amigos meus, essa mulher

A mulher que tanto amo de delírios
E dou tudo da riqueza da minha vocação de poeta
Anda a me trair.
A ir entrega-se com aqueles que me admiram.
As vezes com outros que miram de raivas.
Juro a Deus!.
Essa que a publiquei nos jornais como minha amada.
Não. Não brigamos. E nem é o cume do ciúme
Nada disso!
Ela não se controla nas conversas com todos
Que me conhecem e outros que querem me conhecer
O tempo passa a falar
Acerca do meu ínfimo íntimo em relação o universo
Do meu estado de convulsões em relação a nação das
Origens
Sim tudo isso e mais coisas...
Até já disse
Somos todos crianças adoptadas no infantário da vida.
E isso contou para toda classe social. Toda...
É duro. Muito duro mesmo!
Eu já nem durmo mudo
Hoje meu coração é lixeiro cheio de mágoas
O pior de tudo, imagine só
Troca-me a custo de dinheiro ou simpatia
Revelando tudo de meu tédio, de meu ódios, meu êxitos...
Em noites bela que creio a crio de bons tratos aristicos
Como minha pródiga amada
É duro. Sabias, perco noites sem brincar com amigos
Nos quiosques, nas festas
Só a cuidar dela no ensinamento da cultura do meu pais
Nas formalidades tradicionais
Da mania da minha terra, Mulevala!
Faço isso há longos meses, por amor de Deus!
Mas hoje veja o que sou
Uma fontanária jorrando palavras para corações secos.
Sim, um deles o traidor já agora apanhado, é você ai
Gozando doces momentos com essa minha poesia amada.

Fim

Mussomar
(Poemas de Fernando Tomo, In: Musa_Jornal Notícias15/10/2008)